Arte generativa pode ser definida como uma prática em que artistas utilizam um sistema, como um conjunto de regras de processamento de linguagem natural (capacidade das máquinas entenderem e interagirem com a linguagem humana), que é posto em movimento com algum grau de autonomia, contribuindo ou resultando em uma obra de arte concluída.
A exposição Arte de Código Aberto do artista-programador Vamoss (@vamoss) no Museu do Amanhã, no destaque deste post, mostra que outras pessoas, como os visitantes dessa exposição, podem interferir nessas regras e alterar a composição da obra, criando assim uma outra. Para além dos resultados variados de cores, formas e dimensões, o que o artista propõe é o entendimento do que é o código (o algoritmo), deixando a linguagem de programação mais acessível.
Esse convite à interferência, que envolve também a possibilidade de “quebrar” o programa, aproxima-se do conceito de anarquivamento: quando artistas põem em questionamento o arquivo, abalando seus poderes, questionando suas fronteiras, revelando potencialidades ainda não exploradas. A arte generativa, portanto, na forma como o artista propõe nesta exposição, é terreno fértil para o entendimento do processo de anarquivar que é também fundamental para a constituição do nosso Projeto Temático.